O power metal é associado a um som épico, por assim dizer, com origens incertas e heranças que vão desde o speed metal, thrash metal até uma forte inflûencia da música erudita, observada em alguns subgêneros. Alguns autores não consideram o Power Metal como um subgênero bem definido do Heavy metal propriamente dito, mas atenuam principalmente o movimento em si como uma vertente do surgido no final dos anos de 1970, rotulando-o, às vezes, de Second Wave of British Metal , uma vez que há uma discussão quanto ao berço do estilo.
As origens do estilo são incertas e autores divergem quanto ao local, datas e bandas que podem ser consideradas como o início do subgênero. A teoria corrente na internet hoje defende a ideia que o estilo foi fundado por Kai Hansen e Michael Weikath no começo do Helloween fazendo uma versão mais melódica do heavy metal, e que mais tarde esse novo estilo veio a ser chamado de power metal. Essa teoria, porém, apesar de ter fundamento, não tem bases concretas, uma vez que outras bandas consideradas "melódicas" surgiram antes de 1984, ano de fundação do Helloween.
Hoje o power metal é um estilo com seus próprios subgêneros e gêneros de fusão, cada um com suas particularidades, uns mais "pesados", outros mais "melódicos", outros possuem uma linha tênue, quase imperceptível quanto ao "peso" do subgenero. Por ser um estilo que em suas origens procurou fundir outros, concretizou a ideia de "fundir para inovar", mas sempre mantendo as raízes tradicionais que marcam o Heavy Metal, como distinções melódicas e distorções instrumentais.
O power metal possui em suas letras temas bastante variados, bandas como Blind Guardian e Rhapsody of Fire têm preferência por temas como a fantasia, medievalismo e misticismo. Também é possível encontrar músicas românticas, como no Sonata Arctica, outras com muita positividade: Stratovarius, assim como temas políticos e até mesmo religiosos, como em canções do Gamma Ray e Running Wild. O estilo das letras é fortemente influenciado pela literatura, principalmente fantasiosa, no estilo de J.R.R. Tolkien e C.S. Lewis.
Características do estilo
O estilo é distinto pelo retorno ao tradicional Heavy Metal que vinha se perdendo em estilos mais "duros" e divergentes, como o Death Metal, o estilo marcante no Power Metal tratou, como ideia original, conservar as principais características do gênero.
Segundo o Musicólogo Robert Walser, duas características se sobressaem no que ele chama de metal melódico: Primeiro, o padrão melódigo se distingue por longas notas, que dão sensação de poder (daí a origem do nome) e intensidade. O uso de sustenidos, assim como o som "rasgado" das distorções contribuem principalmente para o som mais bruto e extremo. Segundo, o uso de síncopes dos vocalistas em suas linhas melódicas tornam a música singular e dão o tom inexperado tão marcante do estilo.[2]
O vocal geralmente é caracterizado por uma voz limpa e suave (Timo Kotipelto), ou mais grave (Rolf Kasparek), sem gutural. Muito dos vocalistas de bandas de Power Metal tem em suas características, a capacidade de obter notas extremamente altas com vocais agudos, e mantê-las por um longo período de tempo. É comum os vocalistas construirem linhas vocais prolongadas, assim como inserir sílabas entre os compassos, de modo que ao mesmo tempo que desconstrói um metodismo existente na música, constrói o lirismo em combinação com os instrumentos.
A utilização de duas guitarras é indispensável para o power metal (apesar de em raros casos uma única guitarra ser usada tendo como apoio um teclado, por exemplo, como dito abaixo), sendo elas velozes como as do speed metal, e harmônicas como as do heavy metal. Tendo solos em quase a totalidade das músicas. Algumas bandas como Stratovarius, Rhapsody of Fire e Sonata Arctica utilizam somente uma guitarra e ao invés de outra guitarra, utilizam um teclado, sendo este tão veloz como a guitarra. É comum também, ao longo da melodia, o volume, compasso ou ressonância da guitarra ser amenizada propositalmente com o objetivo de valorizar passagens em que o vocalista assume o papel principal na música.
Assim como na guitarra, o baixo deve haver velocidade em sua maneira de tocar, seguindo o mesmo compasso da bateria. Explorando muito também técnicas como tapping (bater nas cordas com as pontas dos dedos) e Slap (bater e puxar as cordas). E não raramente o uso de palhetas para um som mais pesado e articulação limpa.
Aos bateristas é reservado a opção de escolha entre bumbo duplo ou não, sendo que na maioria das vezes eles optam por utilizarem dois bumbos. Normalmente tocada com seqüência de batidas em semicolcheia.
Instrumentos alternativos são normalmente usados no Power Metal, característica obtida na Europa. A constante utilização de teclados é normal na musicalidade do estilo, assim como o uso de elementos sinfônicos.
Subgêneros
Classic Power Metal: Também conhecido como American Power Metal, surgiu em meados dos anos 80, derivado da fusão entre o Heavy Metal e o Power Metal. Possui um estilo mais “violento” que o Europeu, tendo como foco os vocais e os riffs de guitarra. E dispensam o uso de Teclados. Tem influencia de bandas do cenário do Heavy e do Power Metal, como: Judas Priest, Iron Maiden e Savatage.
Bandas: Manowar, Jag Panzer e Crimson Glory
Obs: Esse estilo, por não ter se desenvolvido muito, permanece até hoje no Underground americano.
Melodic Power Metal: Surgiu na Europa e teve seu auge nos anos 80, com principais representantes na Alemanha, Itália e Países Escandinavos. Prega temas inteligentes com positividade. Utiliza-se de vocais limpos. Suas principais influencias são a música folk e música clássica,
Bandas:Stratovarius, Sonata Arctica, Freedom Call, Edguy, Altaria e Revolution Renaissance.
Extreme Power Metal: Caracteriza-se por seus vocais rasgados e letras violentas, inspirado no Death Metal, utilizando-se de elementos harmônicos como teclados, esse subgênero foi mais forte nos países ao norte da Europa, como a Finlândia.
Folk Power Metal: Uma derivação de Folk Metal e Power Metal, inspira-se em elementos medievais e fantasiosos em suas letras.
Progressive Power Metal: Uma variação de Progressive Metal, com elementos de Power Metal, utiliza-se de elementos complexos em suas composições.
Symphonic Power Metal: Subgênero do Power Metal, com a utilização de instrumentos sinfônicos clássicos (teclados, flautas, etc). Caracteriza-se também por vocais limpos e agudos, é erroneamente classificado algumas vezes como subgênero do power metal progressivo devido aos seus aspectos sinfônicos,porém é facilmente perceptível as diferenças entre os subgêneros, o Symphonic Power metal normalmente usa a clássica batida 4/4 (Aglomeração de quatro tempos, primeiro tempo é acentuado, segundo e quarto são fracos e o terceiro tem intensidade intermediária), não usa ritmos complexos ou experimentações advindas do fusion ou do rock progressivo, somente se utiliza de teclados num contexto puramente Power Metal.
Bandas: Nightwish, Dark Moor, Rhapsody of Fire, Luca Turilli's Dreamquest, Versailles e Cain's Offering.
Thrash-Power Metal: Subgênero do Power Metal com forte influência de Thrash Metal. Tem como características vocais limpos e guitarras agressivas. Com origens nos Estados Unidos pela fusão do Classic Power Metal com o Thrash Metal Americano.
Medieval Power Metal: Subgênero inspirado no Heavy Metal, com características medievais marcantes e uso da literatura fantasiosa em suas letras.
Bandas: Blind Guardian, Hammerfall
- Power/Doom metal: É a junção do Power Metal com o Doom metal tradicional, neste estilo se encontra guitarras pesadas do Doom Metal tradicional dos anos 80 e bateria rápida e veloz do Power metal .
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